Família Castro
O Sétimo dia, a patente privada dE Deus
(e do Seu Cristo - João 10:30 / 16:15)
Nesse dia Deus cria o “descanso”; se eu estivesse presente naquela primeira semana não poderia descansar em outro dia; vejamos:
Porque eu só viera à existência na véspera;
Porque o “descanso” ainda não havia sido “criado”; Lúcifer já existia, as árvores do jardim já haviam sido semeadas, mas o descanso da criação nascera no 7º dia, quanto aos outros seis dias que viriam após esse sétimo dia deveriam ser de obras, por quê?
Resposta: Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, Ele dividiu conosco a tarefa do mundo: Ele cria, nós cuidamos; Ele semeia, nós lavramos; Ele rega, nós colhemos; (...); Ele descansa, nós descansamos – Ele para cumprir o “Emanuel”, “Deus conosco”, nós porque precisamos do descanso; criou-nos para cuidarmos da Terra, criou o 7º dia para dar-nos folga dessa incumbência, Ele termina de criar, nós de cuidar, e o Cristo Se manifesta nesse “descanso”, é revelação dO Cristo, tentamos anteceder O Criador nO Cristo, prefigurando-O por abluções, Ele O envia, nós descansamos nEle, deixamos nossos esforços, e repousamos na graça, finalmente temos descanso do sacerdócio ora transferido e eficaz, somos nós e Deus trabalhando e descansando juntos, e semelhantemente à Sua imagem, tudo Ele bondosamente divide conosco, até descansa sem estar cansado, prepara-nos salvação e salva-Se da máscara que Lúcifer Lhe impõe; eis o ministério dE Cristo desde o primeiro 7º dia, eis desde então “Emanuel”.
“Porque aquele que entrou no descanso dE Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das Suas”. Hebreus 4:10.
Nascidos de Adão, descendentes de Adão, éramos “almas viventes”, o que nos podia transmitir esse primeiro Adão. Nascidos dE Cristo, dO Espírito, adotados como filhos, recebemos o dom dO “Espírito vivificante”, recriados numa condição melhor, se no “Éden caído” tínhamos a existência sob a condição de obediência, no “Éden restaurado” teremos vida permanentemente eterna, nascidos que seremos dO Espírito .
1 Coríntios 15:
22 – Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
45 – Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O Último Adão, porém, Espírito Vivificante.
O Sábado foi dado nesse primeiro Éden, como sinal dE Seu Criador: Gênesis 2:2,3; Êxodo 20:8-11, 31:17.
Depois confirmado como sinal também dE Seu Santificador: Êxodo 31:13; Ezequiel 20:12,20.
Note bem, em nenhuma das condições há a desobrigação do 7º dia como Sábado.
Gênesis 2:
07 – Então formou O Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.
I Coríntios 15:
19 – Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
22 – Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
28 – Quando, porém, todas as coisas que Lhe estiverem sujeitas, então O próprio Filho também Se sujeitará Àquele que todas as coisas Lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
Uma vez Criador, Criador para sempre, não há como passar dE Deus esse fato, e o Sábado (o descanso) do sétimo dia ELE abençoou para descanso e disse o “PORQUÊ”.
Deus SE apresenta como Santificador, e isso também é irrevogável, é O MESMÍSSIMO Deus novamente agindo, Jesus veio, glorioso presente!, sublime prova do amor dE Deus!
Jesus não veio destronar Deus, mas a mando dEle.
Romanos 1:
02 – o qual foi por Deus outrora prometido por intermédio dos Seus profetas nas Sagradas Escrituras,
João 3:
16 – Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 6:
44 – Ninguém pode vir a Mim se O Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu o ressuscitarei no último dia.
45 – Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que da parte dO Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a Mim.
João 7:
16 – Respondeu-lhes Jesus: O Meu ensino não é Meu, e sim dAquele que Me enviou.
João 17:
03 – E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste.
04 – Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que Me confiaste para fazer,
17 – Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade.
João 16:
15 – tudo quanto O Pai tem é Meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar.
Romanos 5:
08 – Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
Mateus 12:
50 – Porque qualquer que fizer a vontade de Meu Pai celeste, esse é Meu irmão, irmã e mãe.
Atos 26:
18 – para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em Mim.
Nas duas etapas da existência do homem, o Sábado do sétimo dia é um elo inconfundível com Deus, a observância desse dia cabe somente a Deus como patente, não há como se contaminar com “substitutos” dE Deus, se observando o Sábado (do sétimo dia) como Seu “cartão de identidade pessoal”, como impressão digital. Por que? Porque o Sábado nos revela Deus como Criador, Santificador, Libertador, Mantenedor, etc.., características que Satanás não possui; ele não é criador, mas um ser criado; não é libertador, mas nos aprisiona pelo pecado; não é mantenedor, mas destruidor, e assim por diante.
Notem que é explícito: - “Façamos” -, deixa claro desde aqui já, que Pai e Filho trabalharam juntos na Criação, depois se lê “descansou Deus”.
Muito compreensível, portanto que “criados” como “santificados” tenhamos o mesmo carimbo, digamos assim.
Jesus, o Cristo, desceu à Terra para reconciliar o mundo a Deus, veio reatar a amizade rasurada, portanto, mesmo que restaurasse apenas como ”alma vivente”, ainda assim, Deus não teria deixado de ser Criador, e a comunhão com Sua criação no primeiro Éden teria o mesmo selo. Jesus, no entanto, fez mais, dá-nos (condicionalmente) o Dom da Vida Eterna, o passaporte para ida sem volta ao Éden restaurado e eterno.
Romanos 8:
07 – Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito a lei dE Deus, nem mesmo pode estar.
08 – Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Romanos 5:
10 – Porque se nós quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida;
11 – e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de Quem recebemos, agora, a reconciliação.
Efésios 2:
03 – entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Então, sem acurado estudo direto às Escrituras, há quem suponha que o “selo dO Criador”, extinguiu-se, não, em nenhum lance das Escrituras há o menor vislumbre de que Deus perdera tal primazia sobre todas as coisas, pode ser sincero o parecer de alguns, pensar que “recriados” por Cristo, tal selo se transferia, mas enganoso, pois a “santificação” é um Dom dE Deus em Cristo, mais uma vez Pai e Filho estão juntos como na criação, o Sábado do Sétimo Dia é selo de ambos.
No primeiro Éden, o Filho estava ativo na Criação, o Sábado é, portanto, também Seu selo; no segundo Éden novamente Os dois em comum acordo, o sábado desse dia permanece, criados e recriados pelo mesmo Deus, alma vivente ou espírito vivificante, nascidos do primeiro ou do segundo Adão, somos feitura do mesmo Deus.
Pensar que, em vindo O Cristo se consumou a “Santificação” e, por conseguinte, o Sábado do sétimo Dia, é o mesmo que dormir e não ver chegar o ladrão, pois a santificação é conquistada dia a dia, se o Sábado extingue depois dela se estabelecer, só se extingue quando morremos. Na hipótese de alguém crer que já se consumou nele a santificação, ainda assim permanece o Sábado do Sétimo Dia, pois é selo dE Deus como Deus além de Criador e de Santificador; não há como, creia, biblicamente anular o Sábado.
Hebreus 2:
09 – vemos, todavia, Aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça dE Deus, provasse a morte por todo homem.
10 – Porque convinha que Aquele, por cuja causa e por Quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos o Autor da salvação deles.
11 – Pois, tanto O que santifica como os santificados, todos vêm de Um só. Por isso, é que Ele não Se envergonha de lhes chamar irmãos.
Jamais alguém conseguiu com “argumentos bíblicos” me explicar porque insistem em anular o Sábado do sétimo dia, e isso é explicável, “não há” na Bíblia essa cassação, então eu gostaria com a maior humildade pedir suplicantemente, despojada de todo ego, de qualquer presunção humana, que os mesmos que com coração sincero anulam esse dia procurassem “diligentemente“ saber como o Sábado do sétimo dia foi excluído aos poucos da Igreja, façam isso e verão que os argumentos que não encontram na Bíblia, estão com líderes humanos, políticos e religiosos. Se, porventura, quiserem um ponto em que começar posso apontar-lhes alguns, meras sugestões que aproveitam ou não:
Código de Justiniano (Codex Justinianus) Lib. 3 tit. 12 par. 2(3);
Lei promulgada por Constantino a 07.03.0321 (na edição em lati e castelhano por Garcia del Coval, intitulada “Corpo no Direito Civil Romano, tomo 4, pág. 333, Barcelona, 1.892).
Além disso, o original latim se acha em J.L.V. Mosheim: Institutiomem Historiae Ecclesiasticae Antiquoris et Recenciores, sig. 4, parte 2, cap. 4, sec. 5; e em muitas obras.
Comecem por aí e descobrirão “porque” não acham na Bíblia os argumentos que poderiam endossá-los, “simplesmente porque” não constam, esses argumentos ou estão com os imperadores e papas do passado ou estão na confusão de “feriados religiosos” com o “sétimo dia” – dou minha cara a tapa se encontrarem outro.
Os editos reais e papais do passado foram introduzidos no cristianismo contando ainda com a poderosa ajuda das concentrações e mutilações dos judeus, pois o sábado era um selo, também como sinete dessa nacionalidade que na época era uma sentença de morte, guardar o Sábado era ser judeu e ser judeu era ser réu, só os muito fortes ousavam usar a Estrela de Davi no peito e, por conseguinte, o sábado, porém morriam.
Em relação à criação do mundo em quarenta e dois mil anos, é imprescindível colocar que por meio dela reforçais a tese da criação lenta e evolutiva e retirais dE Deus o Seu poder imensurável e O limitam ao tempo – para Ele nada é impossível (Mat. 19:26) -, e menos ainda o é o criar o mundo em seis dias de 24 horas, ou dias solares, como relata a Escritura.
Notai que as passagens:
Salmo 90:
04 – Pois mil anos os teus olhos, são como o dia de ontem que se foi, e como a vigília da noite.
II Pedro 3:
08 – Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para com O Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia.
. . . não sugerem EQUIVALÊNCIA, mas apenas COMPARAÇÃO.
O contexto do salmo esclarece sobejamente o sentido do versículo 4: a brevidade da vida humana em comparação com a eternidade dE Deus. Comparação e não Equivalência, pois esta redundaria em absurdo como se verá.
A palavra “mil”, no caso do Salmo 90:4, é um hebraísmo (maneira de expressar própria da língua hebraica), que designa uma grande quantidade indefinida. Eis um exemplo clássico:
Salmo 91:
07 – Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita, tu não serás atingido.
É evidente que a palavra “mil” aí não é expressão aritmética, mas apenas uma figura literária indicando quantidade indefinida, embora grande.
Documentamos isso com mais exemplos:
Salmo 84:
10 – ... um dia nos Teus átrios vale mais do que mil.
Isaías 30:
17 – mil homens fugirão pela ameaça de apenas um.
Jó 9:
03 – nem a uma das mil coisas lhe poderá responder.
Eclesiastes 7:
28 – Entre mil homens achei um como esperava.
Deuteronômio 32:
29 – um só perseguir mil, e dois fazer fugir dez mil.
Isaías 60:
22 – o menor virá a ser mil.
A palavra “mil” é idiomatismo do Hebraico que, além de significar o numeral ordinal, significa também, por extensão de sentido, uma quantidade elevada indefinida. É usual no Velho Testamento, e em nenhum dos exemplos apontados poderá significar uma numeração exata.
A expressão “como a vigília da noite” é apenas comparativa a um tempo indefinido. Comparação a um tempo que se escoa, que deflui, que passa, que transcorre certo mas indefinidamente. Nunca, porém, um lapso de tempo cronometrado, exato, aritmético e fatal.
Exemplos:
Salmo 90:
05 – ... são COMO um sono ... são COMO a relva.
09 – nossos dias ... nossos anos COMO a palmeira ... COMO um breve pensamento.
Em outros salmos:
37: 2 – murcharão COMO a erva verde.
72:16 – floresçam os habitantes COMO a erva da terra.
92:7 – os ímpios brotam COMO a erva.
92:12 – o justo florescerá COMO a palmeira ... COMO o cedro do Líbano.
Conclusão: “mil” é hebraísmo, e “como” é conjunção comparativa, nada indicando medida profética de tempo.
Quanto à passagem de II Pedro 3:8, o seu próprio contexto esclarece o sentido: aos impacientes quanto à vinda dE Cristo, Pedro fala da longanimidade divina que quer dilatar o tempo desse grandioso acontecimento para que todos cheguem ao arrependimento, se possível. A palavra grega HÔS aí é meramente comparativa. Jamais poderia estabelecer uma equivalência, porque então chegaríamos a este absurdo: mil anos na Terra correspondem a um dia no Céu, e lá então existe tempo.
E o grego ainda ajuda muito neste ponto. Por exemplo, HÔS em São Marcos 5:13 significa “aproximadamente”, “cerca de”, “mais ou menos” (dois mil porcos). Porque há uma regra gramatical que estabelece: diante de numerais “hôs” significa “mais ou menos”, “cerca de”, “perto de”, “condição semelhante” e “idéias afins”. E vamos exemplificar biblicamente:
Em São Marcos 4:26: “O reino dE Deus é ASSIM COMO se um homem lançasse a semente à terra”. Seria o mesmo que dizer: “O reino dE Deus é COMPARADO A”:
Em São Mateus 10:16: “Eu vos envio COMO ovelhas no meio de lobos”. O sentido é: “numa condição semelhante” a ovelhas entre lobos.
Em Romanos 5:8: “andei COMO filhos da luz”. O sentido é: ao estilo de”, “comportando-os como” filhos da luz.
Em Apocalipse 8:8: “O segundo anjo tocou a trombeta, e uma COMO QUE grande montanha...” O sentido de “hôs” é aí: “coisa parecida”.
Trata-se, é evidente, de meras comparações, nunca equivalências matemáticas.
O sentido correto de II São Pedro 3:8 é: “para O Senhor um dia é COMO mil anos, e mil anos COMO SE FOSSEM um dia”. Ou, ainda conforme a regra: “um dia é COMO CERCA DE mil anos para Deus.
Quando a Bíblia quer estabelecer uma medida profética de tempo, não emprega idiomatismos nem comparações vagas. Exemplos:
Números 14:
34- “Quarenta dias, CADA DIA REPRESENTANDO UM ANO, levareis as vossas iniquidades, quarenta anos.
Ezequiel 4:
07 – “Quarenta dias te dei, CADA DIA POR UM ANO”.
Tal é o critério divino de expressar padrões de tempo profético. E descarta menos ainda a probabilidade de que um dia da criação duraria 6.000 anos. Não há endosso bíblico para isso.